A gestão municipal da Secretaria de Saúde e Bem-Estar da Vitória de Santo Antão, seguindo orientação da Secretaria Estadual de Saúde, já está utilizando o intervalo de 60 dias entre a primeira e a segunda dose da vacina da Astrazeneca. As pessoas que estão se cadastrando agora para receber a primeira dose dessa vacina já tem o prazo de 60 dias reconhecido pelo sistema.
Quem já tomou a primeira dose há mais de 60 dias, receberá um e-mail com a nova data ou precisará entrar no seu cadastro para visualizar a nova data de agendamento. Quem tomou a vacina AstraZeneca há menos de 60 dias também receberá um e-mail ou entrará na área do cadastro para verificar o agendamento com esse novo prazo.
“Vitória precisou primeiro avaliar essa recomendação do governo do Estado de reduzir a segunda dose para 60 dias no sentido de fazer uma análise da disponibilidade de vacinas, para que não haja falta do imunizante na cidade”, explicou o gerente de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde e Bem-Estar, Marcos Jonathan.
Com essa diminuição do prazo, 2590 pessoas podem completar o esquema vacinal. O secretário de Saúde e Bem-Estar da Vitória, Eudes Lorena, explicou que foi preciso montar um esquema especial para atender as pessoas já cadastradas e esse novo público, a fim de evitar aglomerações nos pontos de vacinação. “Temos capacidade técnica e corpo profissional para imediata aplicação dessas doses, mas a verificação do estoque enviado pelo Estado também foi muito importante para evitar problemas causados por falta de vacinas na nossa cidade”, destacou Eudes Lorena.
A recomendação para o intervalo entre as duas doses da vacinada Astrazeneca foi anunciada na última terça-feira (06/07), pelo secretário Estadual, André Longo. Essa vacina foi desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica Astrazeneca. No Brasil, ela é produzida pelo laboratório Bio-Manguinhos, da Fiocruz. Na própria bula do imunizante há a recomendação que o intervalo entre a primeira e a segunda dose ocorra entre quatro e 12 semanas, ou seja 30 a 90 dias.
O coordenador das Residências Médicas do IMIP e membro do Comitê Estadual de Vacinas Covid, Dr. Eduardo Jorge da Fonseca, explica que a mudança não compromete a eficácia da vacina. “A Anvisa e a OMS definiram que o intervalo ideal do imunizante seria de 8 semanas (ou 60 dias) a 12 (3 meses) semanas. Apenas com intervalos menores que 8 semanas é que os resultados de soroconversão não foram considerados satisfatórios”, detalhou o médico em publicação do próprio IMIP.
Os dados da Secretaria de Saúde e Bem-Estar apontam que, até ontem (08/07), 60.581 vitorienses já receberam pelo menos uma dose entre os quatro tipos de vacinas que estão sendo aplicadas no município. Além disso, 72% das 83.608 doses recebidas até agora já foram aplicadas.
Para o prefeito Paulo Roberto a decisão em antecipar o prazo é muito acertada. “Sempre pedimos ao nosso secretário, Dr. Eudes, agilidade na vacinação. Queremos ver logo todos os vitorienses vacinados e esse pesadelo do Coronavírus diminuir em nossas vidas”, destacou o prefeito, que aproveitou o momento para lembrar que mesmo quem recebeu as duas doses da vacina precisa continuar fazendo os protocolos de distanciamento social, higienização das mãos e o uso de máscaras.