A média de idade de pessoas que morrem pela Covid-19 ou por complicações da doença tem caído em Vitória de Santo Antão. O município da Mata Sul de Pernambuco registrou 105 mortes no primeiro semestre de 2021. Em janeiro, as pessoas com 73 anos, em média, foram as que mais morreram. Essa média caiu para 61 anos no mês passado. Uma diferença de 12 anos. A média geral da idade das vítimas destes primeiros seis meses do ano ficou em 65 anos.
Os dados fazem parte de um levantamento contínuo realizado pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde e Bem-Estar da prefeitura. De acordo com o secretário de saúde de Vitória, Eudes Lorena, isso se deve, principalmente, ao avanço da vacinação no município, que hoje está imunizando pessoas a partir dos 37 anos de idade.
“Temos 4 tipos diferentes de vacinas sendo aplicadas em Vitória. São quatro pontos diferentes de vacinação, com cadastro on-line e presencial, e uma campanha massiva de conscientização para a importância de se completar o esquema vacinal. São 60.581 doses já aplicadas, 72% do total de vacinas que recebemos”, comemora o secretário sobre as 83.608 doses recebidas até final de junho.
A vacinação no município começou no dia 19 de janeiro. No dia 27 do mesmo mês começaram a ser imunizadas pessoas a partir de 85 anos. Com menos de um mês, em fevereiro, passou para pessoas com mais de 80 anos. Caiu para pessoas com 78 e depois para 75 anos. Um período em que a oferta de vacina ainda era muito escassa. Em 22 de maço começaram a ser vacinadas as pessoas com mais de 70 anos. Sete dias depois a faixa etária diminuiu 5 anos, depois para 63, 62 e em 14 de abril começaram as pessoas com 60 anos.
Com a chegada de mais doses ao município, foi possível, no início de junho, reduzir o público em mais três anos. Quatro dias depois contemplou as pessoas com 53 anos, em 11 de junho a faixa etária diminuiu ainda mais. No dia 18 foi realizado um mutirão para aplicação da segunda dose da Coronavac e somente neste dia mais de 2 mil pessoas fecharam seu esquema vacinal. No dia 21, outra queda na faixa etária e, em 29 de junho, pessoas com 41 anos podiam receber as doses da vacina.
A idade das pessoas que morreram varia de 4 a 100 anos de idade, com o registro de apenas duas crianças: a mais nova, uma menina com quatro anos e outra, de 13 anos. Do total de mortos, o maior percentual está entre as pessoas de 60 e 79 anos, representando 47% do total das vítimas. Cento e cinquenta e oito homens (55% do total) e 129 eram mulheres.
Tendência de Queda – Os números do primeiro semestre de 2021 apontam uma tendência de queda das mortes no município. Maio foi o mês com mais mortes, este ano: 33 pessoas, seguido de abril com 21 mortes e março, com 20. Contudo, em junho, os números voltam a cair, com 19 óbitos. Maio de 2020, foi o mês que mais vitorienses perderam a vida para a covid-19. O município registrou, somente naquele mês, 85 mortes. No total, 286 pessoas perderam a vida entre 03 de abril de 2020, quando foi registrado o primeiro óbito no município, até 30 de junho deste ano.
Trabalho de Excelência – No dia 30 de junho o município recebeu a visita de técnicos da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), que reconheceram como de excelência, as práticas realizadas pelo município no combate ao novo coronavírus. “A ampliação da capacidade de testagem, a forma como vêm trabalhando para ampliar a cobertura vacinal, o que foi posto sobre o impacto das ações desenvolvidas no âmbito assistencial para ter um número menor de óbitos na segunda onda da pandemia são bons indicativos. O trabalho desenvolvido pela nova gestão nos traz esperança de que a população vitoriense está em boas mãos”, pontuou o consultor nacional da Organização, Rodrigo Frutuoso.