Para diminuir o desperdício de comida nas escolas e elevar a qualidade nutricional dos pratos oferecidos aos estudantes, a Prefeitura da Vitória do Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco, implantou, em parceria com a GovTech Lemobs e o Instituto BRF, a ferramenta tecnológica Alimentação Escolar Inteligente (AEI) em instituições públicas de ensino da região.
Com auxílio da nova tecnologia, cerca de 23 mil pratos deixaram de ser desperdiçados ao longo do ano nos cinco colégios selecionados para receber o software em 2023. A meta é que em 2024 todas as escolas do município possam se beneficiar com o aplicativo.
No dia a dia, a solução tecnológica AEI oferece ferramentas que facilitam o cumprimento das normas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Automação de cardápios, monitoramento de desperdício, lista de compras e teste de aceitabilidade com os alunos estão entre as facilidades oferecidas pelo aplicativo.
Segundo Maria Aparecida de Araújo, nutricionista da Prefeitura da Vitória de Santo Antão, os alunos passaram a gostar mais da comida oferecida. “Com o teste de aceitabilidade conseguimos ouvir os alunos e mudar o preparo da comida caso seja necessário. Na prática, se a aceitação de um alimento é inferior a 85%, por exemplo, procuramos saber como podemos melhorar. Queremos que as crianças se sintam atraídas pelos pratos”, afirmou a nutricionista.
“A praticidade no preparo dos pratos também aumentou. Como o cálculo da quantidade de comida passou a ser automatizado, conseguimos fazer os pedidos com maior precisão e velocidade”, completou.
Na Escola Municipal Caic Diogo, o desperdício caiu 61% durante o ano letivo de 2023. O número equivale a cerca de 2,7 toneladas de comida. Contando as cinco escolas que implementaram a solução tecnológica, são 6,5 toneladas de alimentos que deixaram de ir para o lixo.
A responsável pelo software Alimentação Escolar Inteligente da Lemobs, Tatiane Torres, também ressalta que mais de 2 mil alunos da região tiveram sua saúde monitorada com auxílio do aplicativo. Dados como peso, altura, índice de massa corporal (IMC) e restrições alimentares de cada estudante foram registrados no aplicativo para elevar a qualidade da alimentação oferecida.
“Com auxílio da tecnologia, as equipes de nutrição das escolas podem acompanhar de perto a saúde dos alunos. Além disso, acreditamos ser extremamente importante ouvir o estudante para que, além de nutritiva, a refeição tenha boa qualidade e aceitação”, refletiu Tatiane.
Além da Escola Municipal Caic Diogo, a ferramenta AEI também está disponível nos colégios Duque de Caxias, Jornalista Assis Chateaubriand, Lídia Queiroz Costa e José de Melo Xavier Júnior.